“Juro, livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo a enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem confiados, respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar os ideais de minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições.” (Florence Nightingale)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

SAIBA MAIS: Celulite

Hidrolipodistrofia = Celulite

É uma afecção edemato – degenerativa esclerótica da gordura subcutânea, a qual afecta não só as células gordas mas também o líquido intersticial e os vasos sanguíneos mais pequenos.
A verdadeira celulite é efectivamente uma doença e não um simples conceito estético corporal e nunca deve ser confundida com uma adiposidade localizada, na qual as células de gordura são perfeitamente normais desde o ponto de vista microscópico e bioquímico.

Celulite
  • Afecta a 80% a 90% das mulheres;
  • 41% dizem que a sua diminuição aumenta o auto-estima;
  • O controlo do peso não esta relacionado com a incidência da celulite;
  • Hábitos de exercício não são decisivos;
  • A dieta pode ser um factor importante;
Causas da celulite
  • Predisposição genética familiar;
  • Factores hormonais;
  • Alimentação;
  • Vida sedentária.
O que causa?
  • Perca da elasticidade do colágeno na derme;
  • Enfraquecimento da derme;
  • Sistema metabólico, vascular e endócrino comprometidos;
  • Aumento de componentes tóxicos provocando alterações nos tecidos;
  • Encapsulamento dos adipocitos aumentados, visivelmente na superfície da pele;
  • Afecção edematosa da adiposidade subcutânea, que afecta os adipocitos e o liquido intersticial, caracterizado por:
  1. Aumento das viscosidades;
  2. Estase circulatória;
  3. Fibrose das fibras conjuntivas;
  4. Sobrecarga de gordura dos adipocitos;
Fases da celulite

Fase inicial

Tecido normal, sem alterações, mas pode haver circulação / estase circulatória.


Fase edematosa ou congestiva simples (curta duração)

Estase circulatória venosa e linfática – dilatação dos pequenos vasos da camada profunda da derme;

Drenagem normal dos liquídos intersticiais mais lenta;

Tecido conjuntivo imerso nesse liquído.


Fase de polimerização

Paredes capilares deixam passar líquido (contendo mucopolissacarídeos e electrólitos), para o tecido cutâneo, impedindo o seu funcionamento;

Mucopolissacarídeos polimerizam-se => um aumento da viscosidade do meio => retenção de água e compressão de terminações nervosas e estruturas circulatórias;

Tecido conjuntivo mais espesso.


Fase fibrosa

Estruturas vasculares nervosas comprimem-se, formando uma barreira que impede o funcionamento dos intercâmbios vitais, provocando uma diminuição de colagenio e aumentando a presença de fibrina;

Trabéculas fibrosas fecham a hipoderme em múltiplos alvéolos, onde são aprisionados os adipócitos;

Nódulos celulíticos (“pele de casca de laranja”).


Fase esclerótica

Tecido conjuntivo cada vez mais espesso e hermético – esclerose progressiva.


Tipos de celulite

Celulite compacta ou dura:
  • Dura ao tacto (granulosa e aderente aos planos profundos);
  • Localiza-se na parte inferior do corpo – aspecto ginóide;
  • Face exterior dos músculos e face interior dos joelhos;
  • Frequente em mulheres jovens;
  • Não se altera com as mudanças de postura.
Celulite edematosa:
  • Consistência viscosa ou pastosa, com nodosidades;
  • Dolorosa ao tacto (e não só);
  • Insuficiência circulatória venosa e/ou linfática dos membros inferiores (edemas, varizes, varicosidades, fragilidade capilar, pernas pesadas, cãibras, etc.);
  • Localiza-se nos músculos e joelhos (pernas – membros mais afectados);
  • Altera-se com as mudanças de postura.
Celulite flácida:
  • Tecido esponjoso e oscilante;
  • Não é dolorosa (normalmente);
  • Localiza-se sobretudo na face anterior dos músculos e dos braços;
  • Frequentemente associado a uma musculatura atrófica;
  • Frequente em mulheres de meia idade;
  • Altera-se com as mudanças de postura.

sábado, 24 de setembro de 2011

Saiba Mais: Somos Mamíferos ou Mamaderíferos?

Somos mamíferos ou mamaderíferos?

     Apesar dos benefícios da amamentação ser difundidos em campanhas desde os anos oitenta, o uso da mamadeira e o desmame precoce ainda são uma realidade. Do ponto de vista nutricional, o leite materno é o alimento mais completo. As vantagens imunológicas podem ser sintetizadas em uma única frase: ... “cada mamada é uma vacina” (Guerra; 1999); destacando como são eficazes os fatores de proteção do leite humano. Seu sabor muda durante a evolução da lactação, ficando mais salgado e tendo em sua composição substâncias flavorizantes (que dão sabor e aroma) preparando o bebê para a alimentação do ambiente em que vive.
     Do ponto de vista emocional, o contato da criança com a mãe durante a amamentação oferece à criança segurança e aumenta o vínculo entre as duas partes.
    Sob o aspecto econômico, o leite materno é gratuito e diminui a morbidade infantil (adoecimento das crianças), sendo importante para a prevenção de doenças por carência vitamínica no primeiro ano de vida.
Pelos fatores relacionados à saúde e à economia, sua promoção é considerada estratégia de saúde pública, pois é gratuito, sendo estimulado por órgãos como a Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Organização Mundial de Saúde (OMS). 
     Do ponto de vista Ortodôntico, o bebê para extrair o leite do seio materno tem que realizar movimentos complexos de ordenha, utilizando para isso, toda a musculatura da face, justamente as que vamos utilizar para mastigar posteriormente. Para que ela consiga realizar esses movimentos corretamente, o primeiro passo é que ela faça uma pega correta na mama. Nessa etapa, o seio materno (aréola e mamilo) distende-se cerca de três vezes o seu tamanho, acomodando corretamente por toda a boca da criança, ocorrendo assim um vedamento entre o seio, língua e lábio superior. Dessa forma a criança é obrigada a respirar pelo nariz, desenvolvendo a respiração nasal corretamente. Com a boca vedada ao seio, a criança faz os movimentos de abertura, protusão (levar pra frente), fechamento e retrusão (volta) da mandíbula voltando assim a sua posição inicial. O lábio superior, a mandíbula e a língua são trabalhados de maneira fisiológica e natural, ganhando força muscular (tônus). Estas ações, mais os movimentos de deglutição normal, ajudam a desenvolver a correta musculatura em torno da boca e da mandíbula, e o desenvolvimento da fala da criança. A flexibilidade e maciez do mamilo atuam moldando o céu da boca (palato duro) em resposta aos movimentos da língua que são como ondas para “retirar” leite (movimentos peristálticos), obtendo forma ampla de “U” dando espaço para o correto alinhamento dos dentes, o que diminui a incidência de má oclusão.
     Na mamadeira, os movimentos são pobres, somente de abertura e fechamento da mandíbula. A sucção faz forte pressão nas bochechas, que pressionam as gengivas e dentes para dentro, afetando assim a posição dos dentes, predispondo a mordida cruzada posterior e aberta anterior. Quando o céu da boca (palato) é empurrado para cima pela mamadeira, o assoalho da cavidade nasal também se eleva, diminuindo o espaço nasal total. A criança aprende a respirar pela boca. É comum nesses casos encontrar arcadas em forma de “V” , estreitas, com palato alto, associada com mau alinhamento e falta de espaço para os dentes. A língua age como um pistão para controlar o fluxo de leite, o que a deixa sem tônus muscular, podendo predispor deglutição atípica, alterações na fala e em casos severos, levando à apnéia obstrutiva do sono (parada temporária da respiração, geralmente associada com o ronco).
      A forma com que a criança mama ao seio materno estimula o desenvolvimento da face obriga a criança a respirar pelo nariz e promove uma maior tonicidade da musculatura peribucal. Assim, ela estará preparada para mastigar posteriormente, e terá aproveitado ao máximo o maior pico de crescimento da criança que é de zero a três anos de idade.
     Apesar de todas essas vantagens, poucas são as crianças que são amamentadas, e essas na maioria o recebem por curto espaço de tempo. Mesmo o fato da mulher hoje gerar renda dentro da casa, e muitas vezes ter que deixar seu bebê para trabalhar, por incrível que pareça, esse não é o fator determinante. Pesquisas mostram que o tempo de aleitamento materno está mais relacionado com o grau de instrução da mãe, ou seja, mães com grau de instrução maior amamentam mais e por mais tempo. Mitos como:  ...“o leite humano é fraco e que não sustenta”  ou mesmo de que ...”o peito vai ficar feio e que vai “cair”  são culturalmente fortes e atingem principalmente a população menos instruída.
     Desde a infância somos atingidos por uma cultura que não favorece o aleitamento materno. Entretanto, essa é a época que experimentamos o que seremos quando adultos. Mas, os jogos eletrônicos que simulam a “vida real” (ex. jogos da Barbie, The Sims, etc) nos ensinam que para cuidar de um bebê (virtualmente) temos que dar a mamadeira e/ou chupeta. As grandes indústrias de brinquedos trazem lindas bonecas que fazem cesarianas e que vem com mamadeiras e bicos, tais como acessórios. Se repararmos bem, elas trazem também as deformações faciais estampadas sua face, pois ficam com a boca aberta (deformidades ósseas) com olheiras (característica de quem respira pela boca – Síndrome do Respirador Bucal). Mesmo assim, compramos porque achamos inconscientemente que é o certo, crescemos assim envoltos pela mídia do “ desmame precoce”, aprendendo erradamente com o lúdico. Se alguma menina quiser alimentar sua boneca ao seio, levantando a blusinha, ou fazer na boneca um parto normal, nos assustamos. Ficamos com medo de estar estimulando sua sexualidade. O que nos leva a refletir o quanto estamos equivocados, perdendo a referência do que é normal, ou melhor, natural.
     Diante das inúmeras vantagens que o aleitamento natural proporciona, é nossa obrigação mudar essa cultura. Temos que começar por nós, pois queremos que nossas crianças dêem o melhor para seus filhos. Por isso quero lembrá-los que...

Por: Alessandra Parreira Menino

... “Somos Mamíferos Sim Senhor!”

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SAIBA MAIS: HIDROCEFALIA

HIDROCEFALIA
   Hidrocefalia vem do grego: hidro significa água, céfalo cabeça. Hidrocefalia é um acúmulo anormal de fluído – FCE (fluído cerebroespinhal) ou líquor (líquido cefalorraquidiano) - nas cavidades dentro do cérebro chamadas ventrículos. O líquido cefalorraquidiano é produzido constantemente dentro dos ventrículos cerebrais. Em pessoas normais, o líquor normalmente flui através de vias de um ventrículo ao próximo, e então para fora do cérebro, descendo para a medula espinhal. O líquido cefalorraquidiano está em constante circulação e tem muitas funções importantes. Ele envolve o cérebro e a medula espinhal agindo como uma almofada de proteção contra ferimentos. O líquido cefalorraquidiano contém nutrientes e proteínas que são necessárias para a nutrição e funcionamento normal do cérebro. Ele também carrega produtos eliminados dos tecidos adjacentes. Hidrocefalia ocorre quando há um desequilíbrio entre o montante de líquido cefalorraquidiano que é produzido e a quantidade que é absorvido. Por aumentar a quantidade de líquido cefalorraquidiano, os ventrículos se dilatam e a pressão dentro da cabeça aumenta.

   Se as vias de drenagem do líquor forem obstruídas em algum ponto, o fluído se acumula nos ventrículos do cérebro, causando neles um inchaço - resultando na compressão do tecido ao redor. Em bebês e crianças, a cabeça se alargará; em crianças mais velhas e adultos, o tamanho da cabeça não aumenta porque os ossos que formam o crânio já estão completamente unidos.
Hidrocefalia de pressão normal: Há uma condição particular do idoso, na qual ocorre lenta dilatação dos ventrículos. O idoso passa a ter dificuldade para caminhar, perde o controle da urina e tem progressiva perda de memória e das capacidades mentais. Essa síndrome, que muitas vezes pode ser erroneamente diagnosticada como demência ou mal de Alzheimer, chama-se hidrocefalia de pressão normal (HPN). Uma cuidadosa avaliação neuropsicológica deve ser realizada para diferenciar as duas condições. Ao ser tratada, a HPN pode ter bom prognóstico, com melhora das funções mentais.
Sinais e Sintomas:

   As hidrocefalias, as cavidades naturalmente cheias de LCR se dilatam e causam sintomas como dor de cabeça intensa, visão dupla, sonolência excessiva e torpor. Crianças pequenas que têm as fontanelas (moleiras) abertas, apresentam aumento progressivo e anormal do crânio.


Hidrocefalia Congênita e Adquirida:

  - A Hidrocefalia congênita (presente no nascimento) supõe-se ser causada por uma interação complexa de fatores genéticos e ambientais. Estenose de aqueduto, uma obstrução do aqueduto cerebral, é a mais freqüente causa de Hidrocefalia congênita.

  - Hidrocefalia adquirida pode ser resultado de Espinha Bífida, hemorragia intraventricular, meningite, trauma na cabeça, tumores e cistos.

Exemplos:
  • Tumor cerebral - Tumores do cérebro causam inchaço dos tecidos circundantes, resultando em pobre drenagem do líquor.
  • Meningite - Esta é uma infecção das membranas que recobrem o cérebro. A inflamação e debridação desta infecção podem bloquear as vias de drenagem causando hidrocefalia.
  • Prematuridade - Bebês nascidos prematuramente são mais vulneráveis ao desenvolvimento de hidrocefalia do que aqueles nascidos a termo, desde que muitas partes do corpo ainda não estão amadurecidas. A atividade da área que está logo abaixo da linha dos ventrículos no cérebro apresenta um rico suprimento sanguíneo. Seus vasos sanguíneos podem ser facilmente rompidos se o bebê sofrer uma mudança na pressão sanguínea ou na quantidade de fluído no sistema.

Tipos de Hidrocefalia:

  • Hidrocefalia Comunicante - Obstrução do fluxo do líquor no espaço subaracnóide após sair do quarto ventrículo. As causas incluem infecções como meningite (a fibrose obstrui o espaço subaracnóide e o fluxo do líquor), bem como falha de absorção, hemorragia subaracnóide ou bloqueio do sangue através de aneurismas.
  • Hidrocefalia Não-Comunicante - Obstrução do fluxo do líquor no sistema ventricular ou na parte externa do foramen. Geralmente, os sítios de estreitamento são obstruídos. Exemplos incluem cistos colóides os quais obstruem o terceiro ventrículo e tumores do tronco encefálico os quais comprimem o canal entre o terceiro ventrículo e o quarto ventrículo (Aqueduto cerebral, ou de Sylvius).
  • Hidrocefalia Ex-Vacuo ou compensatória - Algumas vezes o cérebro se retrai em tamanho (como no caso da Doença de Alzheimer), e, como resultado, os ventrículos se alargarão para compensar. Ainda que os ventrículos estejam dilatados, eles não estão sob pressão.

Tratamento:

   Sabemos que não há tratamento medicamentoso para as hidrocefalias, nesse caso apenas paliativo. O tratamento que visa solucionar o problema é tradicionalmente cirúrgico.

   O tratamento mais comum das hidrocefalias é através de cirurgias chamadas de derivações, ou seja, que derivam o LCR das cavidades onde naturalmente se represa e drenam para outras cavidades do corpo, diminuindo assim o excesso de líquido dentro dos ventrículos. A drenagem é feita por catéteres delicados que têm em seu trajeto uma válvula que controla a quantidade de líquido que deve ser drenada. Há grande diversidade de válvulas disponíveis nos dias atuais, sendo necessário escolher a que melhor deve se adaptar a cada paciente. A cirurgia mais freqüentemente realizada é a derivação ventrículo peritonial, quando o catéter é colocado de modo a drenar o LCR dos ventrículos para a cavidade abdominal.

Neuroendoscopia:

   Além das derivações há ainda um novo método para tratamento das hidrocefalias não comunicantes, chamado neuroendoscopia. Esse novo método depende de uma aparelhagem própria de alta tecnologia e equipe experiente em seu uso. Permite o tratamento da hidrocefalia através de uma abertura pequena e colocação do sistema guiado por vídeo. Uma microcirurgia é realizada na qual o neurocirurgião desobstrui o trajeto do LCR ou abre uma membrana, formando um novo trajeto. Isso permite que o LCR encontre seu caminho para o ponto em que é absorvido. A grande vantagem desse método é que o paciente fica livre de uma válvula de derivação e de suas potenciais complicações. Além disso, o LCR é drenado de forma mais natural. As características individuais de cada paciente devem ser levadas em conta antes de optar-se pelo método mais adequado de tratamento.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

SAIBA MAIS: Fórmulas do Amor: A Paixão é Uma Reação Química?

Fórmulas do Amor: A Paixão é Uma Reação Química?

   Os cientistas conhecem a Feniletilamina (um dos mais simples neurotransmissores) há cerca de 100 anos, mas só recentemente começaram a associá-la ao sentimento de Amor. Ela é uma molécula natural semelhante à anfetamina e suspeita-se que sua produção no cérebro possa ser desencadeada por eventos tão simples como uma troca de olhares ou um aperto de mãos.O affair da feniletilamina com o Amor teve início com uma teoria proposta pelos médicos Donald F. Klein e Michael Lebowitz, do Instituto Psiquiátrico Estadual de Nova Iorque. Eles sugeriram que o cérebro de uma pessoa apaixonada continha grandes quantidades de feniletilamina e que esta substância poderia responder, em grande parte, pelas sensações e modificações fisiológicas que experimentamos quando estamos apaixonados. A Dra. Helen Fisher demonstrou que a inconstância, a exaltação, a euforia, e a falta de sono e de apetite associam-se a altos níveis de dopamina e norepinefrina, estimulantes naturais do cérebro. Alguns pesquisadores afirmam que exalamos continuamente, pelos bilhões de poros na pele e até mesmo pelo hálito, produtos químicos voláteis chamados Feromônios. Atualmente, existem evidências intrigantes e controvertidas de que os seres humanos podem se comunicar com sinais bioquímicos inconscientes. Os que defendem a existência dos feromônios baseiam-se em evidências mostrando a presença e a utilização de feromônios por espécies tão diversas como borboletas, formigas, lobos, elefantes e pequenos símios. Os feromônios podem sinalizar interesses sexuais, situações de perigo e outros. Se realmente existirem na espécie humana e sua percepção se derem de maneira inconsciente, estaríamos permanentemente emitindo informações acerca de nossas preferências sexuais e desejos mais obscuros sem saber?Os defensores da Teoria dos Feromônios vão ainda mais longe: dizem que o "amor à primeira vista" é a maior prova da existência destas substâncias controvertidas. Os feromônios – atestam – produzem reações químicas que resultam em sensações prazerosas. Na medida em que vamos tornando dependentes, a cada ausência mais prolongada nos dizemos "apaixonados" – a ansiedade da paixão, então, seria o sintoma mais pertinente da Síndrome de Abstinência de Feromônios. Com ou sem feromônios, é fato que a sensação de "amor à primeira vista" relaciona-se significativamente a grandes quantidades de feniletilamina, dopamina e norepinefrina no organismo. E voltamos à questão inicial: até que ponto a paixão é simplesmente uma reação química ?

Qual a Duração do Amor?

   Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da paixão? Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova Iorque, sim. Ela diz: "seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela entrevistou e testou 5.000 pessoas de 37 culturas diferentes e descobriu que o amor possui um "tempo de vida" longo o suficiente para que o casal se conheça, copule e produza uma criança. "Em termos evolucionários," - ela completa - "não necessitamos de corações palpitantes e suores frios nas mãos".

   A pesquisadora identificou algumas substâncias responsáveis pelo Amor: dopamina, feniletilamina e ocitocina. Estes produtos químicos são todos relativamente comuns no corpo humano, mas são encontrados juntos apenas durante as fases iniciais do flerte. Ainda assim, com o tempo, o organismo vai se tornando resistente aos seus efeitos - e toda a "loucura" da paixão desvanece gradualmente - a fase de atração não dura para sempre. O casal, então, se vê frente a uma dicotomia: ou se separa ou habitua-se a manifestações mais brandas de amor - companheirismo, afeto e tolerância -, e permanece junto. "Isto é especialmente verdadeiro quando filhos estão envolvidos na relação", diz a Dra. Hazan.Os homens parecem ser mais susceptíveis à ação das substâncias responsáveis pelas manifestações associadas ao Amor. Eles se apaixonam mais rápida e facilmente que as mulheres. E a Dra. Hazan é categórica quanto ao que leva um casal a se apaixonar e reproduzir: "graças à intensidade da ilusão romanceada que temos do Amor, achamos que escolhemos nossos parceiros, mas a verdade é conhecida até mesmo pelos zeladores dos zoológicos: a maneira mais confiável de se fazer com que um casal de qualquer espécie reproduza é mantê-los em um mesmo espaço durante algum tempo" - que o digam os processos de assédio sexual no local de trabalho...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

NOTICIAS: ATENÇÃO BÁSICA


ATENÇÃO BÁSICA

   O Ministério da Saúde iniciou a primeira fase do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), lançado em julho. Os municípios podem, a partir desta quinta-feira (1º), inscrever até 17.600 equipes da Atenção Básica ao plano (confira formulário). Elas serão avaliadas regularmente e receberão até o dobro do financiamento, dependendo dos resultados obtidos no atendimento à população. Um dos critérios será a satisfação do usuário.
   “Para o Ministério da Saúde, é preciso enfrentar de maneira direta e permanente a necessidade de qualificação dos serviços de atenção básica, ofertados a população brasileira”, diz o diretor de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Hêider Pinto. Segundo ele, os repasses vinculados ao programa representam um importante incremento no orçamento dos municípios. “Os recursos contribuem fortemente no financiamento de ações, com o objetivo de assegurar uma atenção básica mais preparada para atender à população”, completa.
   Pelo programa, serão verificados indicadores como atendimento pré-natal, acompanhamento de pessoas em situação crônica, redução do tempo de espera por consulta e adequada atenção à saúde do idoso. Nesta primeira etapa de implantação do programa, o Ministério prevê a adesão de, no máximo, 17.600 equipes de todo Brasil.
   Assim que tiver a sua adesão ao Programa efetivada, o município receberá 20% do Componente de Qualidade do PAB-variável, o que representa um valor adicional de até R$ 1.700,00 por equipe a cada mês. A verificação in loco do Ministério, que determinará novos valores de repasse para o município, acontecerá seis meses após a adesão ao Programa. Nas situações em que o desempenho da equipe for considerado ótimo, o município poderá receber mensalmente até R$ 8.500 por equipe, ou seja, 100% a mais.

   “Pela primeira vez, o Ministério da Saúde incorpora em sua política de atenção básica a possibilidade de reconhecer o esforço dos gestores municipais e profissionais de saúde, por meio da transferência de recursos mediante desempenho”, afirma o diretor. Ele explica que o programa prevê um conjunto de estratégias que apoiarão os municípios e equipes a alcançarem bons resultados. Ao longo do programa, o resultado será comparado entre as equipes  e a evolução do trabalho de cada grupo.

PADRÕES Além de avaliar a satisfação do usuário, acesso, utilização e qualidade dos serviços, o Ministério estipulará metas para os municípios. Para isso serão emitidos certificados de desempenho, o que contará com o envolvimento de instituições de ensino e pesquisa, além dos gestores municipal, estadual e federal. O programa também estimula a educação permanente, o apoio institucional e monitoramento.
Só neste ano, serão destinados R$ 104 milhões para a ação. A expectativa é que, em 2012, sejam aplicados R$ 900 milhões no programa. As equipes que tiverem um desempenho insatisfatório terão o incentivo suspenso.

SAIBA MAIS: "Reumatismo"



REUMATISMO

   Reumatismo é o nome comum para as doenças que afetam o sistema músculo esquelético, entretanto não é correto chamar às mais de 100 doenças reumáticas de reumatismo.
   Para quase todos, ao se falar em reumatismo, a referência encontrada é um estado de dificuldades típicas dos idosos. Esta idéia é tão difundida quanto falsa: as doenças reumáticas não são exclusividade de uma determinada faixa etária e abrangem um número muito grande de afecções, com causas muito diversificadas.
   O termo reumatismo, a rigor, não trata de uma doença em particular, mas de um grande número delas, todas atuantes no sistema músculo-esquelético. Este é o sistema que dá a sustentação (ossos) e mobilidade (músculos) ao nosso corpo. Sua estrutura é muito complexa, pois é composto por mais de 230 ossos e cerca de 639 músculos, que desempenham funções variadas, como proteger órgãos vitais (crânio e costelas), sustentar-nos na posição ereta e permitir atos como andar, pegar, pular etc. Ao movimentarem-se os ossos e os músculos usam as articulações que, ao mesmo tempo em que os prendem na posição correta, permitem que executem os movimentos mais variados.
   Cada articulação de nosso corpo, além de ossos e músculos, tem outros componentes de grande importância, como as cartilagens (que funcionam como amortecedores, não deixando que os ossos se atritem e desgastem); os tendões (que ligam os músculos aos ossos); os ligamentos (que mantêm o conjunto no lugar); as bainhas musculares (que cobrem tendões e músculos e evitam o atrito ao se movimentarem); e as bursas (bolsas de líquido que ajudam a proteção e estabilização de algumas articulações). Cada um destes elementos desempenha uma função e o bom funcionamento do conjunto depende de todos.
    O nosso sistema de sustentação e movimento é um fascinante produto de milhões de anos de evolução dos seres vivos, desde as suas formas mais simples até a complexidade e variedade atuais. Sob o ponto de vista de sua eficiência, é o mecanismo perfeito para as atividades e necessidades humanas, realizando seu trabalho com gasto mínimo de energia. E mesmo a realização de movimentos simples, como abrir e fechar a mão, implica a atividade de dezenas de ossos, músculos, cartilagens, tendões e ligamentos trabalhando coordenados, de forma quase automática.
   As doenças reumáticas são inflamações (crônicas ou não) em um ou mais componentes de uma articulação, gerando dores e incapacidade temporária ou permanente para sua movimentação adequada.
   A inflamação é uma reação benéfica ao organismo — na qual este busca se proteger de uma agressão qualquer, seja de bactéria, vírus ou traumatismo —, que (em média) em sete dias recupera as funções normais. Esta reação benéfica se torna um problema quando não há possibilidade de controle do agente inflamatório ou quando há um desequilíbrio no sistema imunológico, tornando-a impossível de ser controlada pelos medicamentos atuais.
   Existem mais de 100 tipos diferentes de doenças que podem ser classificadas como reumáticas. Estas doenças podem atacar pessoas em qualquer idade.
   Os tipos mais comuns de reumatismo, no Brasil, são a artrite, a artrose, a tendinite, a gota, as dores na coluna e a osteoporose.
   As doenças reumáticas são basicamente inflamatórias, mas a doença considerada reumática mais complicada é de caráter degenerativo e se chama osteo-artrose, uma degeneração das cartilagens que existem nas articulações e evitam o contato direto entre os ossos em movimento.
   A osteoporose, também, é uma doença importante, e apresenta a redução de massa óssea, resultante da perda de cálcio em algumas mulheres, após a menopausa.
   No Brasil existem cerca de 15 milhões de pessoas sofrendo de algum tipo de doença reumática, principalmente a artrose e o reumatismo das partes moles.
   A artrose ou reumatismo degenerativo é mais comum nas pessoas com mais de 50 anos, mas pode surgir em jovens devido à obesidade ou a atividades profissionais. Sua principal característica é a degeneração das cartilagens, provocando dor e enrijecimento das articulações.
   O reumatismo nas partes moles atinge músculos e tendões e é mais comum em pessoas adultas. Em geral, resulta de traumas provocados por esforços excessivos ou repetitivos.
   As doenças reumáticas são um grande problema de saúde pública no Brasil. São a segunda maior causa de afastamento temporário do trabalho e a terceira causa de aposentadorias precoces por invalidez, perdendo apenas para as doenças cardíacas e mentais; isto, porque apenas um pequeno número de doenças reumáticas pode ser curada, como a tendo-sinovite, provocada por esforço repetitivo, a qual regride na medida em que a pessoa deixa de fazer a atividade que a provocou.
   No entanto, em sua grande maioria, as doenças reumáticas podem ser controladas, permitindo uma vida normal, excetuando-se uma minoria que leva a deformidades, pois podem atingir a coluna, enrijecendo-a, provocando paralisias e redução da capacidade de trabalho.
    As doenças reumáticas não apenas podem incapacitar para o trabalho, como podem piorar muito a qualidade de vida de seus portadores, provocando dores e dificuldades nas tarefas domésticas e nas práticas esportivas.

As principais doenças reumáticas são:
  • ·         Artrite Reumatóide
  • ·         Artrose
  • ·         Espondilite Anquilosante
  • ·         Fibromialgia
  • ·         Gota
  • ·         Lúpus - LES
  • ·         Osteoporose
  • ·         Artrite Psoriásica
  • ·         Artrite Idiopática Juvenil
  • ·         Esclerodermia
  • ·         Esclerose Sistêmica Progressiva
  • ·         Espondiloartropatias
  • ·         Febre Reumática
  • ·         Lombalgia
  • ·         Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide - SAF
  • ·         Síndrome de Sjögren
  • ·         Vasculite