“Juro, livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo a enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem confiados, respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar os ideais de minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições.” (Florence Nightingale)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

SAIBA MAIS: Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) 

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino complexo e heterogêneo, com prevalência nas mulheres em idade reprodutiva variando de 8,7 a 17,8%, de acordo com os diferentes critérios diagnósticos existentes. Apesar dos seus diversos fenó-tipos, esta síndrome é classicamente caracterizada por disfunção ovariana manifestada clinicamente por anovulação crônica, oligoamenorreia, hiperandrogenismo, infertilidade e presença de ovários morfologicamente policísticos.
A SOP tem sido fortemente associada com desordens metabólicas, tais como a síndrome metabólica (SM) e a resistência à insulina (RI), implicando no aumento do risco de desenvolver diabetes tipo 2, dislipidemia e uma constelação de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV).
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial, que afeta aproximadamente um terço dos indivíduos em todo o mundo e, por essa razão, constitui-se num dos mais importantes fatores de risco para as DCV. Sua expressiva prevalência é responsável por alta frequência de internações, com custos médicos e socioeconômicos elevados, e causa grande impacto nas alarmantes taxas de morbimortalidade por  DCV em todo o mundo.
A associação entre a HAS e a SOP ainda não está  completamente esclarecida. Embora a alteração dos níveis pressóricos já esteja englobada no contexto das manifestações da SM e possa ser relacionada com os distúrbios metabólicos comumente encontrados nessa população, há uma carência de estudos no que diz respeito à prevalência de níveis pressóricos alterados em mulheres brasileiras com SOP e os fatores de risco cardiovasculares associados a essa condição.

TRATAMENTO
O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende dos sintomas que a mulher apresenta e do que ela pretende. A pergunta mais frequente do médico é saber se a paciente pretende engravidar ou não.
Anticoncepcionais orais:

Não havendo desejo de engravidar, grande parte das mulheres se beneficia com tratamento à base de anticoncepcionais orais, ou seja, a pílula. De fato, a pílula melhora os sintomas de aumento de pelos, espinhas, irregularidade menstrual e cólicas. 

Não há uma pílula específica para o controle dos sintomas. As de baixa dosagem têm sido as mais prescritas pelos ginecologistas. Existem pílulas que tem um efeito melhor sobre a acne, espinhas e pele oleosa.

Mulheres que não podem tomar a pílula se beneficiam de tratamentos à base de progesterona.

Dietas com baixas calorias e pouca gordura melhoram o aumento de peso, contribuindo para o bem estar da paciente.

Em alguns casos medicamentos que são usados no tratamento da diabetes também tem sua aplicação.

Cirurgia:

Cada vez mais os métodos cirúrgicos para essa síndrome têm sido abandonados em função da eficiência do tratamento com anticoncepcionais orais.

Indução da ovulação:

Se a paciente pretende engravidar, o médico lhe recomendará tratamento de indução da ovulação, não sem antes afastar as outras causas de infertilidade. Não se deve fazer esse tratamento em mulheres que não estejam realmente tentando engravidar.

Antidiabetogênicos orais:

Estando a síndrome dos ovários policísticos associada à resistência insulínica, um dos tratamentos disponíveis é por meio de medicamentos para diabetes. Cabe ao médico e à paciente a avaliação do melhor tratamento.

Dieta e atividade física:

Essas pacientes devem ser orientadas em relação à dieta e atividade física, concomitantemente com as medidas terapêuticas.

É necessário tratar?

Pacientes com síndrome dos ovárioss policístico devem ser cuidadosamente avaliadas em relação à resistência à insulina e a síndrome metabólica, pois essas doenças estão relacionadas a maior chance de desenvolver alterações vasculares, diabetes, hipertensão arterial e risco cardiovascular aumentado.

Mulheres com ovários policísticos e obesidade devem ser estimuladas a mudar seus hábitos alimentares e de atividade física visando à melhora global das alterações.

sábado, 1 de outubro de 2011

NOTICIAS: Saúde lança ferramenta para melhorar atendimento ao idoso

Saúde lança ferramenta para melhorar atendimento ao idoso

Objetivo é fornecer aos gestores e aos profissionais de saúde informações que auxiliem no planejamento de ações voltadas à população idosa.
    Em comemoração ao Dia Nacional e Internacional da Saúde do Idoso (1º de outubro), o Ministério da Saúde lança, em parceria com o Laboratório de Informações em Saúde, da Fiocruz, uma ferramenta que irá fornecer aos gestores e profissionais desaúde informações e indicadores que auxiliem na tomada de decisões e no planejamento de ações voltadas à população idosa.
    Pelo SISAP-Idoso é possível fazer a consulta online dos indicadores, doenças, decretos, legislação, políticas públicas e programas que contemplam a saúde do idoso em todos os estados e municípios brasileiros. A ferramenta, também, possibilita sistematizar e acompanhar as políticas, programas e instrumentos de gestão, como o Pacto pela Vida, relacionados com a saúde do idoso, e estará disponível na página do MS.
    “Esse espaço será útil ao Ministério da Saúde, pois contará com todo tipo de informação sobre o idoso que servirá como base para auxiliar na formulação e planejamento de ações para a saúde do idoso”, afirma a coordenadora da área técnica de Saúde do Idoso, Luiza Machado.
    A atualização do sistema também será realizada pelos municípios, que receberão treinamentos para abastecer a página. Luiza Machadoexplica que esta medida servirá para melhorar o atendimento. “Se no interior do Amazonas foi verificado uma doença que não está sob controle, ao colocarmos esta informação no sistema teremos condições de averiguar o que está acontecendo e solucionar o mais rápido possível o problema”, destaca a coordenadora.
ESTATÍSTICAS- O Brasil, hoje, apresenta um contingente de aproximadamente 21 milhões de idosos (pessoas com idade igual ou superior a 60 anos); em 2025 esse número passará para 32 milhões, quando o Brasil ocupará o sexto lugar no mundo em população idosa, e em 2050 o percentual de idosos será igual ou superior ao de crianças de 0 a 14 anos.
    Existem diversos fatores que contribuem para a maior expectativa de vida e, consequentemente, para o aumento da população idosa. Esse segmento da sociedade tem crescido de forma rápida e dentro desse grupo, os denominados “mais idosos, muito idosos ou idosos em velhice avançada” acima de 80 anos, também vem aumentando proporcionalmente e de maneira mais acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos últimos tempos, sendo hoje mais de 12% da população idosa.
    O efeito entre a redução dos níveis de fecundidade e de mortalidade no Brasil tem produzido transformações no padrão etário da população, sobretudo a partir dos anos de 1980. O ganho sobre a mortalidade e, como consequência, o aumento da expectativa de vida, associam-se à relativa melhoria no acesso da população aos serviços de saúde, às campanhas nacionais de vacinação, aos avanços tecnológicos da medicina, ao aumento do nível de escolaridade e de educação, aos investimentos na infra-estrutura de saneamento básico, ao incentivo a medidas de prevenção das doenças e promoção da saúde, à percepção dos indivíduos com relação às enfermidades.
PLANOPara estimular um envelhecimento ativo e saudávelentre a população brasileira, o Ministério da Saúde dispõe do Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que propõe estratégias que visam fortalecer o envelhecimento ativo de forma saudável. Paragarantir que o envelhecimento seja uma experiência positiva, deve ser acompanhado de oportunidades contínuas de saúde, participação e segurança.
     As doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de óbitos no mundo, sendo responsáveis por elevado número de mortes prematuras e incapacidades. No Brasil, as DCNT se constituem no problema de saúde de maior magnitude, correspondendo a 72% das causas de mortes.
DIRETRIZES- A Área Técnica da Saúde do Idoso vem desenvolvendo ações estratégicas com base nas diretrizes contidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e nas metas propostas no Pacto pela Vida de 2006, objetivando promover o envelhecimento ativo e saudável, a realização de ações de atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa e de ações intersetoriais de fortalecimento da participação popular e de educação permanente, que serão descritas a seguir:
- Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa-
- Caderno de Atenção Básica Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa – Nº 19 – distribuídos para os profissionais da rede;
- Curso de Aperfeiçoamento em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa, na modalidade a distancia – visa à capacitação de profissionais de saúde da rede;
- Oficinas Estaduais de Prevenção da Osteoporose, Quedas e Fraturas em Pessoas Idosas, com o objetivo de sensibilizar e capacitar os profissionais de nível superior, preferencialmente aqueles que atuam na Atenção Primária;
- Oficinas de Prevenção da Violência contra a pessoa idosa com o objetivo de sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde na identificação das pessoas idosas vítimas de maus-tratos e violência;
- Distribuição de Material Educativo;