“Juro, livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo a enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem confiados, respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar os ideais de minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições.” (Florence Nightingale)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

SAIBA MAIS: TEP


tromboembolismo pulmonar (TEP)


O tromboembolismo pulmonar (TEP) consiste na obs­trução das artérias pulmonares ou um de seus ramos por trombo, na maioria das vezes, formado no sistema venoso profundo que se desprende e, atravessando as cavidades di­reitas do coração, alcança a circulação pulmonar.
O TEP agudo está associado a alta morbidade e mor­talidade, particularmente no período intra-hospitalar. Alguns registros indicam que a mortalidade hospitalar, para pacientes com TEP maciço, ultrapassa 30%. O principal mecanismo que leva ao óbito é a disfunção do ventrículo direito (VD), e a sobrevivência dos pacientes depende da rápida recanalização da artéria pulmonar e da redução da resistência ao fluxo de ejeção do VD.
Pacientes com embolia pulmonar (EP) maciça, ins­tabilidade hemodinâmica e disfunção do VD apresen­tam o pior prognóstico, tendo indicação para o uso de trombolíticos.
Quando trombolíticos não podem ser usados, a tromboembolectomia cirúrgica representa uma téc­nica de reperfusão alternativa. Os procedimentos percutâneos oferecem uma opção adicional de terapêu­tica aos que têm contraindicação à trombólise, além de uma alternativa à cirurgia.
O tromboembolismo pulmonar (TEP) é matéria de interesse de todas as especialidades médicas. De quadro clínico variável, vai desde quadros completamente assintomáticos, nos quais o diagnóstico é feito incidentalmente, até situações em que êmbolos maciços levam o paciente rapidamente à morte. No Brasil não há dados concretos sobre a sua real incidência, mas nos EUA e na Europa estima-se que 200.000 a 300.000 pessoas morram todos os anos com TEP, não sendo raras as situações onde o diagnóstico é feito apenas na necropsia.
Sua fisiopatologia está intrinsecamente ligada à da trombose venosa profunda (TVP), pois aproximadamente 79% dos pacientes com TEP têm evidência de TVP nos membros inferiores e 50% dos pacientes com TVP apresentam embolização pulmonar. Sendo assim, os fenômenos tromboembólicos (TVP+TEP) compartilham os mesmos fatores de risco. O último Guideline da European Society of Cardiology (ESC) de 2008 traz uma interessante divisão destes fatores, separando-os de acordo com o grau de predisposição de risco e com o fato de estarem relacionados à situação clínica ou ao paciente propriamente dito.

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