“Juro, livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo a enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem confiados, respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar os ideais de minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições.” (Florence Nightingale)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

SAIBA MAIS: CÂNCER DE INTESTINO

CÂNCER DE INTESTINO


     Com o aumento da expectativa de vida do povo brasileiro, as neoplasias vêm ganhando cada vez maior importância no perfil de mortalidade do país, ocupando o segundo lugar como causa de óbito e configurando-se como um problema de saúde pública. Neste contexto, o câncer do cólon e reto, doravante chamado nesta publicação de câncer do intestino, encontra-se entre os dez primeiros tipos de câncer mais incidentes no Brasil, tanto no sexo masculino como no feminino. 

     No entanto, muitas dessas mortes poderiam ser evitadas. Ao observarmos a história natural do câncer do intestino, verificamos que esta propicia condições ideais à sua prevenção e detecção precoce, uma vez que na maioria das vezes evoluem a partir de lesões benignas, os pólipos adenomatosos, após um período de 10 a 15 anos. 

     O intestino grosso é a sede mais frequente de neoplasias primárias no corpo humano. Estas podem ter caráter benigno, os adenomas ou maligno, os carcinomas (adenocarcinomas). Os adenocarcinomas representam a quase totalidade dos cânceres colorretais. Há múltiplos fatores envolvidos no seu aparecimento, entre eles os fatores genéticos (hereditários ou adquiridos). Acredita-se que agentes cancerígenos (físicos, químicos e biológicos), principalmente ambientais e dietéticos, provoquem mutações genéticas específicas no ácido desoxirribonucléico (ADN) nuclear das células do epitélio intestinal, produzindo mutações, fraturas cromossômicas e outras alterações do material genético. 

     As alterações celulares que resultam da exposição da mucosa intestinal aos agentes cancerígenos inicialmente se manifestam por lesões inflamatórias inespecíficas. Se esta agressão é intensa e prolongada, levará ao desenvolvimento de displasias. Estas podem evoluir desde um grau leve até intenso e, finalmente, para o carcinoma in situ.


ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTORIO



   O trato digestivo inicia-se na boca, compreendendo o esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e terminando no ânus. 

     O intestino delgado, responsável pela maior parte da digestão e absorção dos alimentos, ocupa o maior volume da cavidade abdominal, sendo preso a um envoltório chamado mesentério, por onde passam artérias, veias e vasos linfáticos. É dividido em três segmentos sendo que o primeiro, chamado duodeno, é fixo. A partir daí, torna-se solto, partindo da parte superior esquerda (jejuno) até a parte inferior direita da cavidade abdominal (íleo). O íleo termina no intestino grosso formando uma estrutura chamada de válvula ileocecal. A junção ileocecal situa-se na porção inferior lateral direita do abdome. 

     O intestino grosso, cuja principal função é a absorção de água e eletrólitos, possui cerca de 1,5m de comprimento, apresentando-se fixo na sua quase totalidade e emoldurando o intestino delgado. É formado pelo cólon, que é situado no abdome, e pelo reto e ânus, localizados na pelve e períneo. 

     O cólon é dividido em segmentos segundo suas características. Sua porção inicial, a mais dilatada, é chamada de ceco e é onde se encontra o apêndice vermiforme. Subindo junto à parede abdominal direita, em direção ao fígado, encontra-se o segmento chamado de cólon ascendente. Depois o intestino grosso atravessa o abdome até a parede abdominal esquerda, junto ao baço, com o nome de cólon transverso. A partir daí, desce até a parte inferior esquerda, sendo chamado de cólon descendente. As junções entre o cólon ascendente e transverso e entre este e o descendente são chamadas de flexuras hepática e esplênica, respectivamente. Após o cólon descendente, o intestino grosso torna-se solto e em forma de “S”, recebendo o nome de sigmoide. 

     Os últimos 15 cm do trato digestivo, logo após o sigmoide, são chamados de reto, sendo subdividido em três partes: o reto superior, médio e inferior. A porção distal do reto é afunilada e conhecida como ânus, sendo a linha de transição designada de linha pectínea. É envolvido por um sistema muscular esfincteriano que tem como principal função a continência de gases e fezes.

Fatores de risco

  • Idade superior a 60 anos
  • Parentes de primeiro grau com câncer do intestino
  • Síndromes genéticas (PAF e HNPCC)
  • Doença inflamatória crônica do intestino (colite ulcerativa ou doença de Crohn)
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas e gordura animal
  • Tabagismo
  • Obesidade
Fatores de proteção

  • Legumes, verduras e frutas.
  • Carotenóides e fibras
  • Atividade física


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