“Juro, livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo a enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem confiados, respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar os ideais de minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições.” (Florence Nightingale)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

SAIBA MAIS: Hanseníase

OQUE E HANSENÍASE? 

   É uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. Não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada.
  A hanseníase ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. Também conhecida como lepra, morféia, mal-de-Lázaro, mal -da-pele ou mal - do - sangue.
existem três tipos desta doença, dependendo de cada tipo, poderemos saber qual a sua forma de contágio e o tipo de tratamento indicado para cura.  

•O primeiro tipo é a hanseníase virshuniana, que é a única contagiosa;  
•O segundo tipo é a hanseníase tuberculóide, mesmo em seu estágio avançado não é contagiosa;      
•E o terceiro tipo é a hanseníase inicial, que também não é contagiosa.       
    
SINAIS E SINTOMAS

• Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade;   
• Área de pele seca e com falta de suor;           
• Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas;  
• Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade ao calor, dor e tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber;            
• Sensação de formigamento (Parestesias);       
• Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés;            
• Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.         
• Úlceras de pernas e pés.        
• Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.    
• Febre, edemas e dor nas juntas.         
• Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.   
• Ressecamento nos olhos.     

   Locais do corpo com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas   
         
Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.         
            
TRANSMISSÃO

   A transmissão e feita por pessoas contaminadas que não recebeu o devido tratamento, eliminando os bacilos através do aparelho respiratório superior (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro). O paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite. A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolvem a doença. Somente um pequeno percentual, em torno de 5% de pessoas, adoecem. Fatores ligados à genética humana são responsáveis pela resistência (não adoecem) ou suscetibilidade (adoecem). O período de incubação da doença é bastante longo, variando de três a cinco anos.

TRATAMENTO

   O tratamento específico é encontrado nos serviços públicos de saúde e é chamado de poliquimioterapia (PQT), porque utiliza a combinação de três medicamentos. Os medicamentos utilizados consistem na associação de antibióticos, conforme a classificação operacional, sendo:
• Paucibacilares: rifampicina, dapsona - 6 doses em até 9 meses;       
• Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina – 12 doses em até 18 meses;   
    
  O paciente vai ao serviço mensalmente tomar a dose supervisionada pela equipe de saúde, e pegar a medicação para as doses que ele toma diariamente em casa.
   A regularidade do tratamento e o início mais precoce levariam a cura da hanseníase mais rápida e segura. 

PREVENÇÃO

   Apesar de não haver uma forma de prevenção especifica,  existem medidas que podem evitar novos casos e as formas multibacilares, tais como:         
• diagnóstico e tratamento precoces;    
• exame das pessoas que residem ou residiram nos últimos cinco anos com o paciente;          
• aplicação da BCG (ver item vacinação).

    Toda pessoa que reside ou residiu nos últimos cinco anos com doente de hanseníase, sem presença de sinais e sintomas de hanseníase no momento da avaliação, deve ser examinada e orientada a receber a vacina BCG para aumentar a sua proteção contra a hanseníase. Deve também receber orientação no sentido de que não se trata de vacina específica para a hanseníase. Estudos realizados no Brasil e em outros países verificaram que o efeito protetor da BCG na hanseníase variava de 20 a 80%, concedendo maior proteção para as formas multibacilares da doença.    
   Em alguns casos o aparecimento de sinais clínicos de hanseníase, logo após a vacinação, pode estar relacionado com o aumento da resposta imunológica em indivíduo anteriormente infectado.


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